domingo, 31 de julho de 2011

Uma economia “inteligente”: construir para demolir

O Bank of America confrontado com um excesso de casas abandonadas ou resultantes da execução de hipotecas e que não consegue vender, tem um novo instrumento para se ver livre das mais decrépitas: o bulldozer.

[…]

Dar destino às casas recuperadas é uma das maiores dores de cabeça para os emprestadores nos Estados Unidos, onde 1.679.125 casas estão em fase de execução de hipoteca, dados de Junho de acordo com a firma RealtyTrac Inc. of Irvine, California. As perspectivas do mercado fizeram cair os preços e afastaram os compradores preocupados com a ideia de que o valor das casas continue a cair.

“Há demasiada oferta” disse Gus Frangos, presidente do Cuyahoga County Land Reutilization, sediado em Cleveland.

Ver aqui:


VOLTAR

sábado, 30 de julho de 2011

Uma distorção fiscal

Um jovem de 28 anos adquiriu uma casa em Cascais há cerca de 5 anos.

Fruto das necessidades profissionais optou por ceder de aluguer essa habitação por 600 € tendo tomado outra exactamente pelo mesmo montante na área em que exerce a actividade profissional.

Chama-se a atenção para o tratamento fiscal em sede de IRS desta situação, que não tendo qualquer vantagem económica (a renda paga é igual à recebida), é fortemente tributada, na medida em que os proveitos (600 €) são tributados à taxa marginal e os custos do novo arrendamento não são objecto da respectiva dedução, na medida em que já se procedia à dedução dos encargos com o empréstimo da primeira habitação.

Esta situação é pessoalmente injusta e socialmente negativa, por representar um prejuízo para o mercado de arrendamento e criar barreiras fiscais à movimentação de pessoas, criando rigidez sobre o mercado de trabalho.

Luís Pais Ferreira

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Deveremos pagar mais impostos?

Na página Propriedade e Liberdade saiu um artigo sobre o prédio Coutinho de Viana do Castelo e as peripécias da tentativa de o demolir, comprando aos seus donos as fracções pelo preço da chuva.

Independentemente das lições a tirar dos actos atrabiliários do Município contra os legítimos proprietários do prédio, há um aspecto importante a salientar.

Por muito ou pouco dinheiro, mas sempre uma soma significativa, trata-se de comprar um prédio bem construído e bem conservado para o demolir, apenas porque as autoridades acham que ele fica feio no sítio em que está. Pelos vistos, vivemos num país muito rico e que se pode dar a luxos destes. Nunes Correia, ministro do Ambiente à época, anunciou que a operação se iria concretizar em 2007 com um gasto total de três milhões de euros.

Deve ser por isso que há quem afirme que o Estado deve extrair um máximo de impostos ao cidadão, pela razão seguinte:
.
O cidadão gasta de forma egoísta o seu dinheiro, mas o Estado tem uma perspectiva geral, gasta-o no interesse da comunidade.

Por exemplo, gasta-o a demolir prédios cuja estética não agrada aos autarcas…

Ver o artigo. VOLTAR

sábado, 23 de julho de 2011

Portugal inundado de andares a estrear

Todos sabemos que Portugal está inundado de andares a estrear que não têm dono e que foram construídos com hipotecas feitas aos Bancos e à Caixa. Segundo se diz esses andares são mais de meio milhão e dificilmente nos próximos anos serão comercializados. A pergunta que faço é se não teria sido preferível canalizar para ajudas aos proprietários o dinheiro desperdiçado em casas sem qualquer utilidade. 

Foram-se milhões na voragem construtora que não percebeu que não havia procura para tanta casa nova e criam-se as maiores dificuldades aos proprietários quando pretendem aceder a qualquer Programa de apoio à reabilitação. Assim sendo, as casas antigas com boa arquitectura vão definhando e também não oferecem qualidade de vida aos inquilinos. Teria sido mais produtivo ter dado melhores apoios aos proprietários, principalmente para poderem fazer obras de conservação. 

Matilde Lamas

VOLTAR

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Estamos num ponto sem retorno?

Depois da manutenção da "lei criminosa" do congelamento de rendas já nada há a fazer!....Depois do homicídio não se pode ter de volta o morto......Esta lei, que foi mantida a pensar no voto e depois aproveitada por Bancos, que tinham assim os seus rendimentos garantidos, acabou por arruinar famílias, em especial as jovens, ajudou aos enormes prejuízos da Banca e finalmente empobreceu o País, não só economicamente, mas também em termos Ambientais e de Ordenamento, numa bola de neve que não se sabe quando vai parar.

Agora entra-se no "salve-se quem puder". A meu ver e ironicamente, serão os interesses da Banca que nos poderão proteger enquanto proprietários. Veja-se o interesse em mudar a lei para os despejos por falta de pagamento de rendas. Os Bancos não conseguem vender as casas e vão entrar no Mercado do Arrendamento.

Nada vai melhorar, temo que para o ano, Portugal esteja como a Grécia  e com juros a 20% será uma certeza. Depois segue-se a Itália, a Espanha, a Bélgica, a França...

Com os aumentos dos impostos e em especial do IMI, resta-nos vender tudo ao desbarato e ir embora….

Parece que estamos num ponto sem retorno e só espero não ter razão.

Maria Emília Borralho

sexta-feira, 15 de julho de 2011

1.600 milhões de euros em impostos

O Público de 14-Jul-2011 informa que: O imposto extraordinário em sede de IRS a cobrar no Natal que o Governo vai apresentar hoje ao fim da tarde deverá consistir numa sobretaxa anual de 3,5 por cento sobre os rendimentos brutos anuais deduzidos de um salário mínimo nacional anual. (…) O valor desta taxa permitirá no entanto obter uma receita adicional de cerca de 1600 milhões de euros, em vez dos 800 milhões inicialmente anunciados.
Nada disto surpreende qualquer cidadão, por pouco atento que esteja. Nem mesmo o facto de o imposto incidir sobre rendimentos brutos, o que quer dizer que incide sobre rendimentos que não existem. E não surpreende porque desde 2001 para cá a única coisa que os governos têm sabido é aumentar os impostos. Querem lá eles saber que a curva de Laffer e o senso comum mostrem que quanto mais se espremer o contribuinte menor será a receita fiscal total.



A curva mostra que quando a taxa é zero a receita também é zero; quando a taxa é 100% a receita também é zero. A princípio aumenta-se a taxa e a receita aumenta, mas quando se aumenta demasiado a taxa a receita cai. Isto é senso comum, até o mais brutal e bronco proprietário de escravos sabe que se exagerar na exploração dos seus escravos o resultado final é-lhe negativo. Clicar na imagem para ampliar.
 
Pior do que a curva de Laffer na sua frieza técnica é o abismo para onde conduz uma governação que não respeita os princípios da justiça e da moral.

domingo, 10 de julho de 2011

O que é mais destrutivo?

Hiroshima em 1945:


Hiroshima na actualidade:


Detroit na actualidade:


Pergunta: O que é mais destrutivo? A bomba atómica? A política?

Ver mais aqui. VOLTAR

segunda-feira, 4 de julho de 2011

O verdadeiro significado do aumento do IMI

O proprietário de um prédio arrendado próximo do Rato, com 10 apartamentos, pagava 543 euros de IMI:

Clicar na figura para aumentar


Após avaliação fiscal, passa a pagar 4.531 euros, oito vezes mais:

O prédio rende 996 euros por mês, 11.952 euros por ano, menos despesas. Só estão arrendados 5 apartamentos porque os outros não estão em condições de serem arrendados. Quanto à aplicação dos aumentos previstos no NRAU, o prédio também está em más condições apesar de ter sido de luxo, no seu tempo. O proprietário está descapitalizado. Vender pelo valor da avaliação? Por aqueles preços, a quem?
Voltar

A Propriedade urbana e o novo Governo

Acaba de entrar em funções um novo Governo da Republica. Mais uma vez os Proprietários portugueses e, por maioria de razão, os Senhorios, se vão debruçar sobre o Programa de Governo, tentando descortinar nele algo que lhes permita manter ainda viva uma vaga esperança de que será desta vez que são anunciadas as medidas de simples bom senso económico e ético que permitam normalizar o mercado de arrendamento, há tanto tempo distorcido.

Neste momento o que sabemos é que, consequência do Memorando assinado com a chamada "troika", o Governo terá de pautar a sua actuação neste campo, como em muitos outros, por condicionantes pré-definidas que passo a enunciar. O Governo deve:

·          Apresentar á Assembleia da Republica, até ao 4º Trimestre de 2011, medidas para alterar o NRAU. (Lei 6/2006), a fim de serem garantidos obrigações e direitos equilibrados de senhorios e inquilinos, tendo em conta os grupos mais vulneráveis.

·         Adoptar legislação para simplificar os procedimentos administrativos em matéria de reabilitação.

·         Rever o quadro legal de avaliação dos imóveis para efeitos fiscais com aumento das taxas de I.M.I. a partir de 2012.

·         Modificar a tributação dos bens imóveis com vista a nivelar os incentivos ao arrendamento com os de aquisição de habitação própria.

Sabemos assim que irão surgir, rapidamente, medidas que vão alterar e muito, o enquadramento geral do arrendamento dentro do qual actuamos. Mas, sendo as Directivas enunciadas vagas, os Senhorios deverão acompanhar com a maior atenção os próximos desenvolvimentos neste campo tendo, desde logo, ideias claras sobre o que querem que seja a nova legislação do arrendamento urbano em Portugal, nomeadamente, em matéria de despejos, de descongelamento das rendas anteriores a 1990 e de eventuais alterações a introduzir na atual Lei.

João Anastácio. 23-Jun-11

Programa “O Seu Dinheiro”

Link para aceder ao programa "O Seu Dinheiro" onde encontrará respostas à dúvidas relacionadas com a aplicação do memorando da Troika:
http://videos.sapo.pt/uPSY5ain4LgUz7wRDczZ