sábado, 28 de abril de 2012

Entrega da casa ao banco liquida toda a dívida


Segundo uma notícia do Público:

“É uma decisão inédita da justiça portuguesa e foi tomada por um juiz do Tribunal de Portalegre. O magistrado decidiu que em caso de incumprimento, a entrega da casa ao banco liquida toda a dívida.”

É uma nova tragédia que cai sobre as famílias portuguesas, a perda da habitação que compraram a crédito. Há factos a que se deveria dar atenção, nomeadamente:

  • Os tomadores de empréstimos assinaram livremente contratos obrigando-se a pagar o empréstimo na sua totalidade. Querer alterar estes contratos a posteriori não é próprio de um Estado que se dê ao respeito e mereça a confiança dos cidadãos. 

  • Por outro lado, os cidadãos que vão perder a habitação terão dificuldades de emprego, e ainda por cima carregam com uma dívida. Estamos a atirar cidadãos cumpridores para a marginalidade económica.

  • Põe-se a questão da responsabilidade de quem fornece o crédito. De facto, o Banco de Portugal, o Ministério das Finanças e a Banca em geral sabiam perfeitamente que os preços a que se vendia o imobiliário em Portugal não tinham sustentabilidade. Portanto, em caso de incumprimento o valor da habitação seria insuficiente para responder pela dívida.

  • De alguma maneira os tomadores dos empréstimos consideram-se enganados. O que põe o problema da irresponsabilidade individual do cidadão que não pensa no futuro, que fala contra a banca e o governo mas que não tem discernimento económico para assumir um contrato.

  • E é claro que voltamos sempre ao mesmo. Com um mercado de arrendamento a funcionar nada disto aconteceria. Em parte porque muito do capital já está amortizado. Em parte porque as poupanças dos senhorios iriam servir de almofada à quebra do valor das rendas, o que está a acontecer com rendas a baixar. É que o arrendamento tem muito mais flexibilidade do que a compra.


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domingo, 15 de abril de 2012

Sempre a fazer obras

Sou um pequeno proprietário de prédios urbanos na cidade de Espinho, perto do Porto.

São prédios antigos, já do tempo do meu avô.

Estou sempre com problemas relacionados com obras que os inquilinos estão sempre a reclamar.

As rendas desses prédios são antigas, de pouco montante.

Estamos neste momento a fazer umas obras de pintura da fachada no montante de 300 euros, num prédio que rende cerca de 80 euros por ano.


Paulo Marques


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Escritórios no Porto

Aqui no Porto a oferta de espaços destinados a escritórios excede largamente a procura e existem cada vez menos interessados em arrendar esses espaços, mesmo baixando o valor da renda.

Hoje o investidor quando surge é muito seletivo e, com a crise económica, tornou-se uma espécie rara.


Carla Matos


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domingo, 8 de abril de 2012

Desvalorização do património

Como consequência do agravamento da recessão e dificuldade de obter financiamento, a construção civil e a mediação imobiliária vão ter de ser reajustadas.

A quantidade imensa de casas à venda está a desvalorizar o património dos cidadãos que compraram casa própria e agora estão confrontados com um valor de mercado muito abaixo daquele porque contraíram as hipotecas.

Isto vai ter também um efeito devastador nos balanços dos bancos, pois são eles os detentores da parte de leão dos patrimónios imobiliários.

Alda Mota

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A Troika e o IMI

Venho por este meio deixar o meu desabafo com as medidas assinadas com a Troika e que considero um verdadeiro atentado a todos os proprietários deste País.

Sou proprietário de três apartamentos com rendas antigas que, já à custa desta atual lei do arrendamento, nada posso fazer para poder ter posse do que me pertence. Já não bastava, e ainda vem a Troika dizer que o IMI vai ser aumentado. Ora se as rendas são mínimas, e ainda aumentam o IMI, daqui a pouco estou a pagar para ser obrigado a ter pessoas dentro do que é meu! Isto é uma vergonha…

Querem fomentar o mercado de arrendamento desta forma?

Espero sinceramente que ainda sejam incluídas medidas que acabem com esta vergonha que está instalada na nossa sociedade.

Américo Gavina

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Inquilinos com casa própria

Estou no Canadá, onde vivo desde os 14 anos. Herdei um prédio com 4 apartamentos em Faro em 1998 com rendas de 26 euros.

Na minha última deslocação a Portugal fiz umas pesquisas e descobri que 3 dos rendeiros têm casas próprias. Nesta situação aposto que se encontram muitos proprietários.

Pergunto com quem se fala sobre isto? Não faz nenhum sentido. Se são pobres, estão desempregados, não têm posses, que vivam no meu apartamento até morrer que eu não me importo; não vivo em Portugal.
Mas se eu posso provar que os rendeiros têm casas próprias, talvez melhores, por que razão nada pode ser feito? Nesta situação que pode a ANP fazer? Falar na televisão, nos jornais?

João Lopes

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domingo, 1 de abril de 2012

Regime fiscal

O regime fiscal aplicado ao rendimento de prédios urbanos caracteriza-se por tributar as rendas juntamente com os restantes rendimentos do contribuinte, mas apenas permitindo a dedução de um reduzido tipo de despesas de conservação e manutenção (IMI e Taxa de Esgotos) não sendo consideradas outras despesas de quem queira investir neste setor, como por exemplo, despesas com empréstimos bancários de prédios adquiridos com a finalidade do arrendamento, podendo dar-se o caso de as verbas despendidas serem superiores ao rendimento do imóvel.

Muitos imóveis devolutos e a necessitar de obras poderiam entrar no mercado de arrendamento se outras condições fossem proporcionadas a quem estivesse interessado a investir em prédios de rendimento.

João Lacerda
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